CARTA do [reitor do colégio da Companhia de Jesus, em Angola, padre] António Viegas, ao padre procurador-geral da província de Portugal, Francisco Gomes, sobre o governador [D. João Manuel de Noronha], ter tirado à força de armas o [administrador do contrato, Pedro Machado de Figueiredo] da igreja, enquanto este acolitava o padre e o Santíssimo estava exposto, tendo os padres decidido fechar a igreja até lhes ser dada satisfação do sucedido; dando conta que o governador proibira o capitão de navio de levar o padre Baltasar Ferreira, que ia informar o padre provincial e o dito procurador-geral do ocorrido; declarando que o governador depois de zombar pelo facto dos padres esperarem satisfação, fizera um papel contra eles e quisera que a câmara o assinasse, mas perante as falsidades declaradas, ninguém aceitou e o governador chegou a tentar matar o procurador; pedindo ao procurador-geral da província para interceder junto de Sua Majestade para que não acreditasse nas acusações contra eles, sem se informar.