CARTA do [governador e capitão-general de Angola], conde do Lavradio, [António de Almeida Soares Portugal de Alarcão Eça e Melo], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, sobre a carta do Bispo D. Frei Manuel de Santa Inês, a quem remetera uma do prelado padre frei Gaspar da Encarnação, e as cartas que escreveu sobre a Fazenda Real, as condições dos contratos reais dos escravos, a obra do trem e os requerimentos do administrador do contrato José Rodrigues Baía; avisando da desobediência dos nacionais e naturalizados de Angola a Deus, ao rei e às justiças, referindo o ataque do capitão de Infantaria António João de Meneses e do seu cunhado, Pedro Matoso de Andrada, ao capitão-mor do Regimento do distrito do Quanza, Bernardino Pinheiro Falcão, no dia da festa à Santíssima Trindade, tendo intervindo o tenente de Infantaria Francisco António de Madureira e o capitão de Infantaria Félix José Nogueira, sido tirada devassa pelo juiz de fora Manuel Mendes; avisando que aqueles comportamentos levavam à perda do respeito e veneração que os negros tinham aos brancos; confessando que errara ao propor o filho da terra, Manuel Matoso de Andrada, para coronel do Regimento, porque não era digno, não tinha honra e era desobediente.