OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola], António de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre os efeitos que teria a liberdade de comércio dos sertões, prevista no alvará de 11 de Janeiro de 1758, decidindo não publicar a lei e aguardar decisão, apesar de ter logo facilitado o que tocava às licenças; referindo que a causa da decadência daqueles estados era a falta de religião e os abusos dos degredados, sendo necessário barbadinhos italianos, porque existiam apenas cinco em toda a conquista, não podendo baptizar e confessar todos os súbditos do Príncipe do Sonho e dos potentados; pedindo casais das ilhas dos Açores para serem divididos pelos presídios, onde quase não havia brancos.