OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola], António de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre a carta do seu antecessor [D. António Álvares da Cunha], de 25 de Maio de 1757, acerca das notícias dadas pelos descobridores enviados às terras de Cassanje; explicando que à falta de homens de préstimo, foram naquela diligência Manuel Correia Leitão e António Rodrigues Grizante e pouco apuraram; defendendo que a comunicação se devia fazer por Benguela porque os sertões eram mais sadios e evitava-se que os holandeses do Cabo da Boa Esperança entrassem no Monomotapa antes de [Portugal] lá estabelecer presídios e feitorias, sendo necessário para isso geógrafos, soldados com oficiais indiáticos, engenheiros e oficiais, um presidio junto ao rio Cuango e outros entre Olo e Luango para separar os estados gentios e evitar os prejuízos do comércio deles com os estrangeiros; referindo que controlado o Príncipe do Sonho a conquista poderia ir da boca do Zaire até à nascente do Cuango.