OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola], António de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre a carta de 18 de Março acerca dos negociantes do sertão introduzirem ali pólvora e armas; pedindo que as naus da Companhia do Grão-Pará trouxessem o que pedira em carta de 2 de Janeiro; mencionando que arrecadara pólvora para evitar riscos numa cidade onde as casas estavam cheias daquele género, outras eram de palha e onde os negros usavam cachimbos e fogos, não tendo pretensão de evitar o contrabando, porque era impossível fazê-lo num reino aberto por mar e terra; aconselhando que a pólvora viesse nos navios da Companhia, que a antiga fosse vendida aos negociantes e que se fizesse um armazém encostado ao forte de São Pedro, porque assim nunca faltaria pólvora aos presídios, facilitava-se o negócio e garantia-se a segurança da cidade; dando conta que continuava à espera de engenheiro, peças da nova invenção e gente.