OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola] D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado remetendo a planta que mostrava a província que fornecia a lenha, trabalhadores e águas para a fábrica de ferro da Nova Oeiras, Calumbo, que dista cerca de nove léguas de Luanda, assim como as plantas da povoação e da fábrica de ferro feita pelo oficial [capitão Manuel António Tavares] que as entregaria ao secretário de estado; informando que seguiam no mesmo navio, outros oficiais que também fizeram parte da mesma lição; referindo que a importância do envio daquelas plantas e dos oficiais era o de testemunharem os trabalhos realizados e de esclarecerem quaisquer dúvidas na compreensão das mesmas, para além de pretender mostrar a dimensão do que se fez e do que ainda se podia fazer no alargamento da fábrica pela região; informando que os habitantes locais trabalhariam sem resistências se fossem devidamente pagos, e que a mão-de-obra escrava era mais barata do que os fabricantes franceses pagavam nas suas fábricas de ferro nas Maurícias; demonstrando ser esta uma vantagem que não devia ser negligenciada.