CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo), Antônio da Silva Caldeira Pímentel, para (D. João V), expondo não se dever proceder a uma sentença contra o ouvidor de Paranaguá, Antônio dos Santos Soares, vista a aprovação dos capítulos da correição que fez. Comenta a desproporção de verba para a construção da cadeia de Paranaguá, em relação à empregada na cadeia de Santos, vila com comércio, riqueza e edifícios muito superiores aos da primeira, e com governador e guarnição militar. Ali seria mais necessária uma fortaleza. O mesmo ouvidor, pelo dote da mulher, tem de gado vacum e cavalos em Curitiba, disso havendo pouco proveito para acidade de São Paulo, e vilas de sua comarca.Com a introdução dos gados e cavalgaduras que pelo novo caminho entrarão dos Campos do Rio Grande de São Pedro do Sul e Nova Colónia (do Sacramento), hão de diminuir no preço os gados e cavalos de Curitiba. Com a proibição do novo caminho, pode evitar-se os choques com os Tapes, , mas não se consegue a sua expulsão. Seria conveniente a existência de um caminho que viesse sair à vila de Curitiba.