OFÍCIO do conde da Lousã D. Diogo [José Ferreira de Eça de Meneses], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde de Basto [José António de Oliveira Leite de Barros] sobre: a falta de fundos que existe na capitania de Cabo Verde, para acudir às despesas urgentes; o estado decadente das Rendas Reais nas ilhas e a necessidade de imediatos socorros; participa que já foi autorizada a Junta da Fazenda, a sacar por 16 contos de réis sobre o inspector do Arsenal Real da Marinha, cujos saques serão devida e prontamente atendidos no Erário Régio, segundo as ordens de S. M.; pede expedição de uma ordem ao dito inspector, para que logo que aceite qualquer letra, participe ao Conselheiro Tesoureiro Mor, com antecipação, o dia do seu vencimento, para estar prevenido; considera que os saques deveriam ter sido ordenados sobre o Conselheiro Tesoureiro Mor, e não sobre o inspector do Arsenal, cuja inspecção nada tem de comum com as despesas gerais do Estado, às quais só o Erário Régio está obrigado.