OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Manuel de Almeida e Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, respondendo ao ofício de 12 de Agosto de 1791, dando conta da demolição da fortaleza de Nossa Senhora da Nazaré e São João do Loge, da retirada da artilharia, munições e tropa, e de George Farquelain, de Liverpool, ter publicado a notícia; referindo que no tempo da fortaleza os franceses não conseguiam comerciar no Loge e aumentara a quantidade de escravatura dos muxicongos e dos mussossos em Luanda, lamentando todos a destruição da fortaleza e a perda das salinas; referindo os juramentos de vassalagem do Moene Muála, a esperança de se lhe seguir o Mussulo e os seus aliados e o lamento do chamado rei do Congo e do duque de Bamba acerca da falta de padres no seu reino, negando ser rei dos mussues e pedindo a paz; dando informações sobre o sítio do Bombe, descrito pelo coronel Paulo Martins [Pinheiro de Lacerda], nomeadamente a proximidade com os rebeldes Zala, Lundo, Nambuangongo e Quiguengo; indicando as necessidades para segurar os moradores e livrá-los dos invasores, castigar os inimigos, abrir caminhos para o comércio no sertão e proteger os comerciantes dos ataques e roubos dos inimigos no Novo Redondo; mencionando o papel da fragata Luanda contra o contrabando.

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