OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Miguel António de Melo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre a carta do governador de Benguela, Alexandre José Botelho de Vasconcelos, acerca do castigo que dera ao soba Socoval, da jurisdição de Quilengues, [remetendo o soba preso a Luanda e enviando a devassa feita pelo juiz de fora Alberto António Pereira e os documentos dos sequestros efectuados]; referindo que confrontara os documentos com os capítulos 27 e 28 do seu regimento e constatara que havia sido cometida injustiça, tendo lançado um edital para rectificar o sucedido; explicando os motivos da sua decisão, analisando para isso as cinco questões fundamentais do caso: qual o montante anual dos dízimos de Benguela, qual a obrigação de pagamento incutida ao soba, se cabia aos sobas ou aos capitães-mores o conhecimento de mucanos ou juízo de liberdades, qual a relação do soba com o conhecimento de mucanos, qual o entendimento nos autos das expressões mucanos, tanar mucanos e outras das línguas Benguela e Ambunda.

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