PT-AHU-CU-070-0006-00638_m0001.TIF - REQUERIMENTO de José de Torres ao rei [D. João V] solicitando patente dos governos de Ajudá, Jaquim e Popos, no domínio de Arda, uma fragata de guerra para guardar a costa do Brasil, material e gente para conservar a fortaleza e feitoria de Ajudá, que estabelecera à sua custa em 1721 para proteger o comércio de escravos das investidas holandesas e do rei de Daomé; alegando que servira de capitão-de-mar-e-guerra e financiara duas armadas com as quais levara infantaria à costa da Bahia e ao Rio de Janeiro, onde lutou contra piratas e enfrentou os holandeses que a partir do castelo de São Jorge da Mina negociavam escravos, fazendas e ouro com os navios do Brasil, desrespeitando a Companhia de Corisco; referindo o extravio de ouro da Bahia e de Pernambuco no resgate de escravos na Costa da Mina, e dos tabacos finos e couros da Nova Colónia que iam para São Jorge da Mina e daí para a Holanda, financiando os presídios e os negócios dos holandeses; mencionando os 10% cobrados indevidamente pela companhia holandesa aos navios portugueses desde 1708, a necessidade de a expulsar daquelas partes, a casa que ele fizera nos Popos para ajudar no resgate e a vantagem em obter a fortaleza de Axem.

REQUERIMENTO de José de Torres ao rei [D. João V] solicitando patente dos governos de Ajudá, Jaquim e Popos, no domínio de Arda, uma fragata de guerra para guardar a costa do Brasil, material e gente para conservar a fortaleza e feitoria de Ajudá, que estabelecera à sua custa em 1721 para proteger o comércio de escravos das investidas holandesas e do rei de Daomé; alegando que servira de capitão-de-mar-e-guerra e financiara duas armadas com as quais levara infantaria à costa da Bahia e ao Rio de Janeiro, onde lutou contra piratas e enfrentou os holandeses que a partir do castelo de São Jorge da Mina negociavam escravos, fazendas e ouro com os navios do Brasil, desrespeitando a Companhia de Corisco; referindo o extravio de ouro da Bahia e de Pernambuco no resgate de escravos na Costa da Mina, e dos tabacos finos e couros da Nova Colónia que iam para São Jorge da Mina e daí para a Holanda, financiando os presídios e os negócios dos holandeses; mencionando os 10% cobrados indevidamente pela companhia holandesa aos navios portugueses desde 1708, a necessidade de a expulsar daquelas partes, a casa que ele fizera nos Popos para ajudar no resgate e a vantagem em obter a fortaleza de Axem.