PT-AHU-CU-070-0007-00718_m0001.TIF - CARTA do [governador da ilha de São Tomé], D. José Caetano Souto Maior, ao rei [D. João V] sobre as dúvidas dos moradores da ilha do Príncipe com o capitão-mor dela, Luís António de Andrade, já falecido, e as queixas dos moradores e do novo capitão-mor do Príncipe, João da Mata e Silva, contra o provedor da Fazenda Real do Príncipe, Manuel Raposo de Brito, por este não fazer cumprir o regimento na distribuição dos mantimentos e na arrecadação de dízimos e de direitos, permitindo aos seus cunhados, João Fernandes Lima e ao feitor e almoxarife João Borges da Silva, procuradores dos navios do Brasil que iam à Costa da Mina, grandes lucros em despachos irregulares de fazendas e escravos, e no desvio dr ouro; explicando que não tinha quem averiguasse o caso, porque o ouvidor-geral [António Pedro de Soveral] não seria imparcial e tinha negócios com João Fernandes Lima; referindo que seria conveniente os governadores irem visitar a ilha do Príncipe para averiguar os procedimentos dos ministros e evitar excessos, e determinar que os navios do Brasil que viessem à costa da Mina despachassem em São Tomé e não na ilha do Príncipe.

CARTA do [governador da ilha de São Tomé], D. José Caetano Souto Maior, ao rei [D. João V] sobre as dúvidas dos moradores da ilha do Príncipe com o capitão-mor dela, Luís António de Andrade, já falecido, e as queixas dos moradores e do novo capitão-mor do Príncipe, João da Mata e Silva, contra o provedor da Fazenda Real do Príncipe, Manuel Raposo de Brito, por este não fazer cumprir o regimento na distribuição dos mantimentos e na arrecadação de dízimos e de direitos, permitindo aos seus cunhados, João Fernandes Lima e ao feitor e almoxarife João Borges da Silva, procuradores dos navios do Brasil que iam à Costa da Mina, grandes lucros em despachos irregulares de fazendas e escravos, e no desvio dr ouro; explicando que não tinha quem averiguasse o caso, porque o ouvidor-geral [António Pedro de Soveral] não seria imparcial e tinha negócios com João Fernandes Lima; referindo que seria conveniente os governadores irem visitar a ilha do Príncipe para averiguar os procedimentos dos ministros e evitar excessos, e determinar que os navios do Brasil que viessem à costa da Mina despachassem em São Tomé e não na ilha do Príncipe.

Arquivo Histórico Ultramarino