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CARTA do ouvidor geral de Cabo Verde, Sebastião Bravo Botelho, ao rei [D. João V] expondo duas situações que encontrou em Cabo Verde nas quais incorrem os governadores e que considera ser um abuso contra o direito dos tratamentos políticos do Reino e contra o bem comum das ilhas: por um lado, pelos aparatos e diferencial que usam na forma como dispõem na Sé e mais igrejas, assento em cadeira de espaldas, de terem diante de si um sitial e mesa coberta entre coxins e alcatifas, o que era proibido por ordem régia por ofender governadores de maiores categorias, por outro, pelo facto de usarem rubricas em despachos e papéis que assinam, em vez de usarem cognomes ou nomes inteiros; e pedindo a reformação do que apelida ser um devaneio por parte desses governadores e novas ordenações sobre a matéria.