PT-AHU-CU-024-0020-01922_m0001.TIF - OFÍCIO do Bispo de Cabo Verde, D. frei Pedro [Jacinto Valente], para o [secretário de estado Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, informando da sua passagem da ilha de São Nicolau para a ilha de Santo Antão; sobre as dificuldades que se lhe apresentaram na visitação que fez às ilhas do Maio, Fogo e Brava, devido à falta de embarcações e pela não cedência das mesmas pelos capitães e administrador do contrato da urzela, muito embora as ordens régias e do contratador, José Gomes da Silva, o que resultava no embaraço das correspondências ilha a ilha, da execução das suas diligências e ordenação de clérigos para suprimir a falta de sacerdotes nas igrejas daquelas ilhas e da Guiné; comunicando que a miserável situação do Bispado e das ilhas onde vive sem côngrua e outros privilégios, devia-se à falta de rendimentos dos direitos de estrangeiros nos portos e ao negregado contrato da urzela, que, em sua opinião, impedia que chegassem outras embarcações com géneros, o que o obrigava e aos insulares, comprarem neles e a altos preços, pelo que pedia amparo e que se revisse a forma em que se achava estipulado e administrado aquele contrato; acusando os administradores do contrato de viverem à margem da lei da igreja e à inglesa; e sobre se lhe determinar como governar e suprir as faltas da igreja.

OFÍCIO do Bispo de Cabo Verde, D. frei Pedro [Jacinto Valente], para o [secretário de estado Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, informando da sua passagem da ilha de São Nicolau para a ilha de Santo Antão; sobre as dificuldades que se lhe apresentaram na visitação que fez às ilhas do Maio, Fogo e Brava, devido à falta de embarcações e pela não cedência das mesmas pelos capitães e administrador do contrato da urzela, muito embora as ordens régias e do contratador, José Gomes da Silva, o que resultava no embaraço das correspondências ilha a ilha, da execução das suas diligências e ordenação de clérigos para suprimir a falta de sacerdotes nas igrejas daquelas ilhas e da Guiné; comunicando que a miserável situação do Bispado e das ilhas onde vive sem côngrua e outros privilégios, devia-se à falta de rendimentos dos direitos de estrangeiros nos portos e ao negregado contrato da urzela, que, em sua opinião, impedia que chegassem outras embarcações com géneros, o que o obrigava e aos insulares, comprarem neles e a altos preços, pelo que pedia amparo e que se revisse a forma em que se achava estipulado e administrado aquele contrato; acusando os administradores do contrato de viverem à margem da lei da igreja e à inglesa; e sobre se lhe determinar como governar e suprir as faltas da igreja.