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OFÍCIO (2ª via) do ouvidor geral das ilhas de Cabo Verde, João Gomes Ferreira, ao [secretario de estado da Marinha e Ultramar Martinho de Melo e Castro] comunicando, com base em informações, acerca dos maus procedimentos do ouvidor sindicado, Dionísio Gonçalves Branco; informando da relação que este manteve com os réus, coronéis Manuel Gonçalves de Carvalho e João Freire de Andrade, presos no Limoeiro de [Lisboa], sobre os abusos que cometeram e suas ostentações absolutas, sobretudo com a morte o governador D. João Jácome [Sanches] de Baena [Henriques], tomando o governo interino das ilhas e mais cargos principais da ilha de [Santiago], praticando injustiças e vexando as populações, como fizeram com um letrado degredado pelo Santo Ofício por nome [Matias da Silva Gaio]; e avisando que remete preso, sob custódia, na galera da cera, São João Baptista, da Companhia de [Grão Pará e Maranhão], o referido ouvidor, Dionísio Gonçalves Branco, indiciado na sua residência para o juiz e corregedor do Crime da Corte, Manuel José da Gama e Oliveira, à semelhança dos dois coronéis e os três sargentos-mores, [Tomé Fidalgo da Costa, João de Spínola Veiga e José Anastácio Freire].