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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, António Machado de Faria e Maia, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] Martinho de Melo e Castro, a informar do comportamento do padre guardião franciscano Frei António de Ovar Amorim, a saber: o comissário provincial, Frei Manuel de Lordelo, queixa-se do dito padre, que o ultrajou fazendo-se cabeça do motim efectuado no convento, e lhe pedia que o mandasse prender à ordem de Sua Majestade; foram dadas ordens ao coronel, Manuel Tavares Silva, a alguns oficiais e alguns soldados pagos, para cercarem o convento e prenderem o dito padre guardião, conduzindo-o a bordo da galera Nossa Senhora da Nazaré, prestes a partir; fuga do padre guardião com dois sacerdotes, Frei Felipe e Frei José; arrombamento do cofre da religião e roubo de 3 baús, de um gavetão com louça, água ardente e açucar; fogo posto; exemplo horrível dado a estes povos, pois se os sacerdotes e missionários actuam assim, como poderão actuar os seculares; ordem para prender os foragidos.