PT-AHU-CU-024-0037-02911_m0001.TIF - OFÍCIO do governador de Cabo Verde, António Machado de Faria e Maia, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre: dá conta das felicitações recebidas, pelos procedimentos efectuados quando do naufrágio do navio Hartwell pertencente à Companhia Inglesa da Ìndia; discorre sobre os serviços prestados ao longo da sua carreira; sobre os seus erros, arrepende-se de ter prendido o desembargador ouvidor das ilhas, porque as circunstâncias foram desesperadas; dá conta de ter papéis autênticos que provam a sua inocência, sendo um deles o inventário dos bens do caixa Carlos Briotte, do navio dinamarquês conde Ernelt, que deu à costa na ilha de Maio; neste naufrágio, morreram o caixa, o escrivão e outros oficiais e a maior parte da equipagem, não tendo havido auxílio nem caridade; remete cópia da arrematação feita pelo provedor dos Defuntos e Ausentes, sargento-mor, João de Espinola da Veiga, dos bens do dito Carlos Briotte, onde se vêem os mais feios latrocínios, que desacreditam a Nação; pede protecção e amparo contra os seus inimigos.

OFÍCIO do governador de Cabo Verde, António Machado de Faria e Maia, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre: dá conta das felicitações recebidas, pelos procedimentos efectuados quando do naufrágio do navio Hartwell pertencente à Companhia Inglesa da Ìndia; discorre sobre os serviços prestados ao longo da sua carreira; sobre os seus erros, arrepende-se de ter prendido o desembargador ouvidor das ilhas, porque as circunstâncias foram desesperadas; dá conta de ter papéis autênticos que provam a sua inocência, sendo um deles o inventário dos bens do caixa Carlos Briotte, do navio dinamarquês conde Ernelt, que deu à costa na ilha de Maio; neste naufrágio, morreram o caixa, o escrivão e outros oficiais e a maior parte da equipagem, não tendo havido auxílio nem caridade; remete cópia da arrematação feita pelo provedor dos Defuntos e Ausentes, sargento-mor, João de Espinola da Veiga, dos bens do dito Carlos Briotte, onde se vêem os mais feios latrocínios, que desacreditam a Nação; pede protecção e amparo contra os seus inimigos.