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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Marcelino António Basto, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], D. Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre: começo da governação da capitania; estado de abatimento e de ruína, não se tendo dado as providências já muitas vezes pedidas, o que implica que as ilhas estão expostas ao risco de intervenções estrangeiras; na cidade da Ribeira Grande, praça antigamente bem defendida e segura, a fortaleza real e os baluartes estão munidos com peças de artilharia ferrugentas; estado de defesa da praça da vila da Praia e sua guarnição, formada por tropa descalça e mal vestida, devido a falta de fardamentos; despesas inúteis com militares ignorantes; remete armas para arranjo; envio de um rapaz para na corte, aprender tambor e pífaro; pede o envio de peças de artilharia, de pólvora e de indivíduos que saibam manobrar a artilharia; existência de uma Casa de Misericórdia na ilha, com avultados rendimentos, com a obrigação de fornecer um hospital, para a cura dos pobres e necessitados, o que não o faz, acumulando dinheiro a juro; tenciona aumentar uma enfermaria que se acha na vila da Praia, recorrendo ao dinheiro anterior.