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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Marcelino António Basto, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], D. Rodrigo de Sousa Coutinho, a informar das medidas tomadas, assim que tomou posse do seu governo, a saber: na praça da vila da Praia, lugar de residência dos governadores e demandada por todas as nações, iniciou-se a construção de casas cobertas de telha e de uma rua; a água dos poços dos seus subúrbios, encontra-se salobra, provocando a fuga dos estrangeiros que a aguada convidava, com grande prejuízo para a Fazenda Real, que nas ancoragens e direitos dos mesmos, tirava a maior parte dos seus rendimentos; as baterias da fortaleza encontram-se inutilizadas e há vista da avidez dos estrangeiros; propõe que a quantia proveniente do espólio do falecido Bispo, D. Frei Pedro Jacinto Valente, seja aplicada na reconstrução dos quartéis e da cadeia; os 3 regimentos militares encontravam-se na maior desordem, enumerando a seguir as medidas por si tomadas na sua reorganização; foi posta em execução a assistência aos pobres doentes, na enfermaria da praça, com doze leitos supridos pela Santa Casa da Misericórdia; ruína dos rendimentos da ilha da Boavista, devido a uma grande seca, com extinção dos gados, cabras e cavalos; arrematação dos dízimos; descoberta de uma importante salina; envio da escuna Rozinha, com mantimentos para a ilha Brava; intervenção fraudulenta do naturalista, que servia de secretário do governo, João da Silva Feijó, respeitante aos rendimentos da ilha de Santo Antão;