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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Marcelino António Basto, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], D. Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre o estado dos conventos ou missões da capitania, a saber: total falta de comunicação entre esta capital e as praças de Cacheu e Bissau, que lhes são subordinadas; os hospícios das praças de Cacheu e Bissau encontram-se muito danificados, tendo sido enviados o reverendo comissário do convento das ilhas, Frei António de Ovar e Amorim e outro religioso, padre mestre Frei Sebastião de Valença, para análise da situação; o seu abatimento e decadência são a consequência das escolhas para as missões de Cabo Verde e da Guiné, de indivíduos que só olham para os seus interesses mundanos, sendo o comércio o ídolo das suas acções, tornando-se inúteis para a Igreja e para o Estado; excepções a este comportamento, são o actual guardião do convento da ilha, Frei José de Alvarim e o atrás mencionado comissário; volta a pedir o envio de missionários virtuosos e sábios, que com o seu exemplo e zelo convertam os povos, de maneira a tornarem-se úteis e proveitosos à religião e à sociedade; tendo pedido dois mestres para as aulas de Moral e Gramática, apareceram dois frades irregulares, impróprios, intriguistas e desordeiros.