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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde de Subserra [Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real], a informar que destinou a Escuna Artilheira para ir a Bissau e Cacheu, a fim de conduzir para aquelas praças os aprestos e artigos destinados para os cortes de madeiras para construção de navios; no entanto, atendendo a uma representação do comandante da mesma escuna, já não a enviou, tendo a sorte de encontrar 2 navios que iam para Bissau e Cacheu, pelos quais enviou os ditos apresto e artigos; no fim de Fevereiro, podem partir de Lisboa duas embarcações para conduzirem as madeiras de Bissau e Cacheu, devendo uma delas ser de menor porte e que demande menos água, porque a Cacheu não podem aportar embarcações de alto bordo; sendo necessário ir buscar à ilha de Santo Antão, 43 presos, ladrões e perturbadores do sossego público, destinou par tal fim a Escuna Artilheira, a qual gastou 28 dias em ir aquela ilha, quando qualquer outra embarcação gasta só 3 ou 4 dias; por isto se vê a qualidade de tal embarcação, que não serve para nada numa província composta de ilhas e cuja navegação se faz muito perigosa por ser num canal e haverem nele fortes correntes; vai enviar a Escuna Artilheira para Lisboa, rogando que enviem outra embarcação que seja veleira, para fazer a comunicação entre as ilhas, e que possa ir ao continente da Guiné; estimaria muito, que o comandante da escuna, 2º tenente, Manuel de Sousa Goes, viesse a ser nomeado para comandante da futura embarcação, devido à sua competência.