PT-AHU-CU-024-0071-05565_m0001.TIF - OFÍCIO do governador de Cabo Verde, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, a queixar-se dos procedimentos do 1º tenente, Manuel Pedro de Carvalho, comandante da charrua Orestes; este oficial, não teve um comportamento regular durante a sua comissão, tendo-se recusado a ir a Bolama, porque tinha muito medo dos gentios Bijagós, o canal onde se navega era muito mau, os práticos péssimos e tinha medo de morrer da moléstia do país; foi necessário prometer-lhe enviar uma embarcação de guerra para o proteger, para que assim cumprisse a sua comissão; os oficiais que com ele trataram, foram mal tratados e o inspector do corte das madeiras, viu-se obrigado a deixar a charrua, onde não quis mais voltar; o seu comportamento foi sempre insubordinado, altivo e grosseiro; têm chegado uma grande quantidade de embarcações de guerra portuguesas, e com todos os oficiais tem-se entendido muito bem, sendo este o único que o obriga a fazer uma participação; informa que os práticos de Bissau conduziram a charrua Orestes pelo canal para Bolama, tendo sido o major, Marcelino Pinto da Fonseca, juntamente com o inspector dos cortes, encarregados do embarque e transporte das madeiras, utilizando 12 canoas e 162 homens africanos da Nação dos Manjacos, tendo os mesmos práticos conduzido a charrua depois de carregada, de saída do mesmo canal; só resta ao comandante, Manuel Pedro de carvalho, a glória de haver recebido todas as madeiras a bordo e de as ter feito arrumar no porão; pede para este oficial não ser mais enviado, porém, quanto aos mais oficiais, tanto da charrua Orestes, como do bergantim São Boaventura, só tem a render-lhes elogios pela sua conduta.

OFÍCIO do governador de Cabo Verde, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, a queixar-se dos procedimentos do 1º tenente, Manuel Pedro de Carvalho, comandante da charrua Orestes; este oficial, não teve um comportamento regular durante a sua comissão, tendo-se recusado a ir a Bolama, porque tinha muito medo dos gentios Bijagós, o canal onde se navega era muito mau, os práticos péssimos e tinha medo de morrer da moléstia do país; foi necessário prometer-lhe enviar uma embarcação de guerra para o proteger, para que assim cumprisse a sua comissão; os oficiais que com ele trataram, foram mal tratados e o inspector do corte das madeiras, viu-se obrigado a deixar a charrua, onde não quis mais voltar; o seu comportamento foi sempre insubordinado, altivo e grosseiro; têm chegado uma grande quantidade de embarcações de guerra portuguesas, e com todos os oficiais tem-se entendido muito bem, sendo este o único que o obriga a fazer uma participação; informa que os práticos de Bissau conduziram a charrua Orestes pelo canal para Bolama, tendo sido o major, Marcelino Pinto da Fonseca, juntamente com o inspector dos cortes, encarregados do embarque e transporte das madeiras, utilizando 12 canoas e 162 homens africanos da Nação dos Manjacos, tendo os mesmos práticos conduzido a charrua depois de carregada, de saída do mesmo canal; só resta ao comandante, Manuel Pedro de carvalho, a glória de haver recebido todas as madeiras a bordo e de as ter feito arrumar no porão; pede para este oficial não ser mais enviado, porém, quanto aos mais oficiais, tanto da charrua Orestes, como do bergantim São Boaventura, só tem a render-lhes elogios pela sua conduta.

Arquivo Histórico Ultramarino