PT-AHU-CU-024-0071-05567_m0001.TIF - OFÍCIO do governador de Cabo Verde, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, sobre os carregamentos das madeiras para construção naval que foram transportadas pela charrua Orestes e pelo bergantim São Boaventura, tendo sido recebidas em Cacheu e Bolama; explicita o assunto; informa que nos bosques dependentes das praças da Guiné, encontram-se madeiras copiosas, para por dilatados tempos poderem abastecer o Arsenal Real; se estas madeiras agora carregadas nestes 2 navios, vão em grosso, mal facejadas e alguns paus com casca de árvore, é devido às circunstâncias locais, a de serem cortadas em desertos remotos por selvagens, sem carpinteiros práticos, nem director versado em construção naval; considera que o melhor método para conduzir as madeiras da Guiné para Portugal, e com muito menor dispêndio, será o de serem enviados para aqui, 2 grandes iates próprios, tripulados com o menor número de gente possível, a fim de transportarem dos portos da Guiné para esta ilha a madeira, ficando aqui depositada, para posteriormente ser carregada para Lisboa numa grande charrua, que deverá fazer uma ou duas viagens anuais; considera ociosas as grandes guarnições trazidas pelos 2 navios, principalmente a charrua Orestes, pois, nenhum motivo justifica tão grande número de gente, bastando-lhe a indispensável para a sua navegação.

OFÍCIO do governador de Cabo Verde, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, sobre os carregamentos das madeiras para construção naval que foram transportadas pela charrua Orestes e pelo bergantim São Boaventura, tendo sido recebidas em Cacheu e Bolama; explicita o assunto; informa que nos bosques dependentes das praças da Guiné, encontram-se madeiras copiosas, para por dilatados tempos poderem abastecer o Arsenal Real; se estas madeiras agora carregadas nestes 2 navios, vão em grosso, mal facejadas e alguns paus com casca de árvore, é devido às circunstâncias locais, a de serem cortadas em desertos remotos por selvagens, sem carpinteiros práticos, nem director versado em construção naval; considera que o melhor método para conduzir as madeiras da Guiné para Portugal, e com muito menor dispêndio, será o de serem enviados para aqui, 2 grandes iates próprios, tripulados com o menor número de gente possível, a fim de transportarem dos portos da Guiné para esta ilha a madeira, ficando aqui depositada, para posteriormente ser carregada para Lisboa numa grande charrua, que deverá fazer uma ou duas viagens anuais; considera ociosas as grandes guarnições trazidas pelos 2 navios, principalmente a charrua Orestes, pois, nenhum motivo justifica tão grande número de gente, bastando-lhe a indispensável para a sua navegação.