PT-AHU-CU-024-0077-06066_m0001.TIF - OFÍCIO do governador de Cabo Verde, coronel, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Inácio da Costa Quintela, sobre a recepção da quantia de 1 conto de réis, que a Senhora Infanta Regente, em nome de El-Rei, mandou remeter para socorro dos habitantes das ilhas de Santo Antão e São Nicolau; foi pedido às câmaras destas ilhas, para o informarem sobre a melhor aplicação do sobredito socorro; a ilha de Santo Antão é a mais necessitada, pela sua esterilidade e pela falta de chuva, temendo-se uma fome futura; nesta ilha já pereceram muitas pessoas, devido à sua extrema pobreza, que os impossibilita de comprarem mantimentos; informa que convocou a Junta da Fazenda Real, para se decidir da compra de géneros, às embarcações que aqui aportaram, um brigue holandês com milho exportado das ilhas dos Açores e uma escuna francesa com arroz, proveniente da costa da Guiné; juntou-se-lhe uma porção de arroz, que aqui existia, para o rancho da tropa desta guarnição, conforme certidão inclusa; compraram-se e foram remetidos para a ilha de Santo Antão, 909 alqueires de milho e 322 alqueires de arroz; idem, para a ilha de São Nicolau, 37 quintais, 1 arroba e 4 libras de arroz, importando todos os géneros na quantia de 1:134$340 réis; deu ordens aos feitores das ilhas, para fazerem a mais conveniente distribuição daqueles mantimentos, pelos habitantes mais necessitados; oficiou também, às câmaras respectivas, mas ainda não pode enviar as certidões que as mesmas câmaras devem passar aos feitores, por ainda não terem chegado.

OFÍCIO do governador de Cabo Verde, coronel, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Inácio da Costa Quintela, sobre a recepção da quantia de 1 conto de réis, que a Senhora Infanta Regente, em nome de El-Rei, mandou remeter para socorro dos habitantes das ilhas de Santo Antão e São Nicolau; foi pedido às câmaras destas ilhas, para o informarem sobre a melhor aplicação do sobredito socorro; a ilha de Santo Antão é a mais necessitada, pela sua esterilidade e pela falta de chuva, temendo-se uma fome futura; nesta ilha já pereceram muitas pessoas, devido à sua extrema pobreza, que os impossibilita de comprarem mantimentos; informa que convocou a Junta da Fazenda Real, para se decidir da compra de géneros, às embarcações que aqui aportaram, um brigue holandês com milho exportado das ilhas dos Açores e uma escuna francesa com arroz, proveniente da costa da Guiné; juntou-se-lhe uma porção de arroz, que aqui existia, para o rancho da tropa desta guarnição, conforme certidão inclusa; compraram-se e foram remetidos para a ilha de Santo Antão, 909 alqueires de milho e 322 alqueires de arroz; idem, para a ilha de São Nicolau, 37 quintais, 1 arroba e 4 libras de arroz, importando todos os géneros na quantia de 1:134$340 réis; deu ordens aos feitores das ilhas, para fazerem a mais conveniente distribuição daqueles mantimentos, pelos habitantes mais necessitados; oficiou também, às câmaras respectivas, mas ainda não pode enviar as certidões que as mesmas câmaras devem passar aos feitores, por ainda não terem chegado.