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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Caetano Procópio Godinho de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], António Manuel de Noronha, sobre o excessivo número de degredados que nos últimos 4 anos têm vindo para Cabo Verde, a maior parte sem ofícios, vadios e de costumes perversos, o que constitui um dos males deste país, principalmente na ilha de Santiago; o Real indulto de 27 de Abril de 1826, fez com que um grande número de degredados terminassem o seu degredo, mas apesar disso, eles continuam a vadiar, mendigos, por falta de embarcações e meios para regressarem a Portugal; assim, determinou ao comandante da charrua Orestes, que recebesse a bordo 19 pessoas para serem transportadas para Lisboa, com vencimento de ração de porão, e 36 outras, às quais sómente se concedeu passagem, levando consigo os mantimentos para a viagem; esta gente é composta não só de degredados, mas também de suas mulheres ou viúvas de degredados que aqui faleceram; determinou também, o transporte de número semelhante de indivíduos, pela escuna Conceição e pelo bergantim São Boaventuira, quando daqui partirem.