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Arquivo Histórico Ultramarino
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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Caetano Procópio Godinho de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Carlos Honório de Gouveia Durão, sobre: chegada a Lisboa dos indivíduos, que concluíram o seu degredo em Cabo Verde, e que foram auxiliados por este governo a regressarem em navios da Corôa; participa, que antes de decidir da remessa desses ex-degredados, não deixou de pensar em como podia aproveitá-los em trabalhos úteis, como a cultura dos baldios da Corôa ou das terras dos particulares, informando que esses indivíduos não eram homens vigorosos, cujos braços podiam ser aproveitados na lavoura, antes, infelizes convalescentes enfraquecidos pelas febres do país, que mais pareciam espectros, do que homens, e que obrigá-los a trabalhos agrícolas debaixo de um clima tão maligno, seria condená-los à morte, sendo eles vassalos da Corôa portuguesa, a quem a Lei havia tão sómente imposto, um degredo temporário, já concluído; seria também impraticável, persuadir os proprietários das terras a empregá-los; o meio de se poder utilizar neste país, os degredados, que em tão excessiva quantidade são remetidos para cá, era proibir a vinda de salteadores e ratoneiros acostumados ao vício, e outros sem ocupação alguma, antes promovendo a vinda dos que tivessem ofícios úteis, tais como, carpinteiros, pedreiros, ferreiros, serralheiros, marceneiros, tanoeiros, capateiros; a maior parte dos degredados que aqui chegam, ou são vadios, ou foram soldados e torna-se necessário assentar-se-lhes praça, seguindo-se a perigosa consequência, de esta vila ter um presídio de 300 ou 400 degredados, guardado por 50 ou 60 indivíduos do mesmo género, com armas na mão; a população das ilhas atinge 75000 almas, numas, os habitantes são suficientes para a cultura, noutras sobram muito, como nas ilhas Brava e Santo Antão; o que as ilhas de Cabo Verde precisam para prosperar, são Leis previdentes e protectoras da agricultura e do comércio, que animem os habitantes, os libertem da inércia, os arranquem do ócio, a fim de trabalharem na agricultura, encanamento de águas e abertura de estradas: pede para ser regulada de um modo mais conveniente, a vinda de degredados para Cabo Verde.
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