CARTA (cópia) do [capitão-mor do presídio de Caconda], Pascoal Rodrigues, ao [governador e capitão-general de Angola, Luís Lobo da Silva], acusando a recepção de um carta acerca do aviso dirigido ao capitão João Braz Le Gois sobre a possível instabilidade entre os macotas, afirmando que já se encontravam pacificados, fabricando os seus panos e cultivando as suas terras; remetendo a lista dos oficiais e soldados do presídio, o inventário das munições, artilharia e mais apetrechos de guerra; referindo a qualidade dos soldados e a sua origem étnica, dando conta que eram na sua maioria negros, tendo poucos brancos e alguns pardos; afirmando que os soldados negros eram resistentes, alimentavam-se apenas com uma espiga de milho e andavam descalços e mal fardados; mencionando que o ideal seria enviar mais brancos para engrossar o contingente e que faltava um capelão, dado que desde da partir do padre frei Pedro para Benguela tinham ficado sem assistência religiosa; remetendo uma memória dos sobas, macotas e ambundos daquela lotação e dos mais que estiveram presente na guerra, do gado e farinha que dispunha para o socorro da Infantaria; referindo a força bélica dos naturais, e pedindo licença para fazer um golambole [ngolambole] de macotas.