CONSULTA do Conselho Ultramarino ao rei D. João V sobre duas outras, de 30 de Janeiro e de 4 de Março de 1721, a primeira acerca das diligências para encontrar navio e financiamento para levar o socorro de soldados a Angola, para guarnecer o terço da cidade de São Paulo da Assunção [de Luanda] e os presídios daquele reino, juntamente com o governador, João de Saldanha da Gama, o mestre de campo e o tenente-general, as munições e o Bispo [Manuel de Santa Catarina], tendo-se chamado ao Conselho, Francisco de Oliveira da Mata, procurador dos senhorios da nau Nossa Senhora do Paraíso, o sargento-mor António Rodrigues Campelo e o tenente-coronel José Pires Campelo, moradores em Pernambuco, para discutir as condições da viagem; na segunda o Conselho alerta para a impossibilidade da expedição ser paga pelos efeitos daquela conquita, devido à sua falta de rendimento, esclarecendo que só haveria verba se o Conselho da Fazenda satisfizesse as quantias que usara para mandar as naus da coroa ao Rio de Janeiro e à Bahia, e do que fazia nas madeiras vindas da Bahia e de Pernambuco para a Ribeira das Naus; perante as dificuldades em arrecadar a verba necessária, o Conselho sugeriu que a saísse em forma de empréstimo da Casa da Moeda do Rio de Janeiro, em Lisboa.