OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola], D. António Álvares da Cunha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, sobre a doença o tornar incapaz de governar; referindo a pouca capacidade defensiva daquele reino com apenas duas companhias de cavalos e um Regimento, a carência de capitães e de oficiais subalternos, a ausência do sargento-mor, a falta de soldados porque a maioria dos recrutas vindos da América morriam; referindo que o Regimento era composto por naturais de Angola e da ilha da Madeira, sendo poucos, fracos, mal fardados e sem armas, que um dos engenheiros estava doente e o outro era inábil, que o único oficial de Artilharia, o ajudante Domingos Rolhano, era ignorante e bêbedo, que se devia dar baixa ao coronel Manuel Matoso [de Andrade] e ao tenente-coronel António da Fonseca [Coutinho] e os soldos deles deviam ser usados em oficiais [de Portugal] e honrados; sendo necessários pedreiros, ferreiros e cabouqueiros.