OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola] D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sobre as providências que tomou e a tomar para o governo económico de Benguela, como a nomeação que fez do capitão de Artilharia, José Vieira de Araújo, para capitão-mor, e de um letrado para ouvidor; as instruções que lhes deu para a reforma dos costumes, visto ter sido terra de impunidade e rebeldia, propondo a mudança do nome de São Filipe de Benguela para São José de Benguela, a criação de uma câmara ou dois ou três homens com aquelas funções, um ouvidor letrado, e que o governo seja dado a um oficial europeu com a patente de coronel, recto e desinteressado, advertindo que as nomeações deveriam acautelar a ambição e o envolvimento destes ministros no comércio, ficando todos dependentes do governador e capitão-general, assim como se deveriam introduzir casais para aumento desta povoação.