CARTA do (governador e capitão general da capitania de São Paulo), Antônio da Silva Caldeira Pimentel para (D. João V), dizendo que se reuniu com os membros da Cãmara da vila (de Santa Ana das Cruzes de Moji para deliberarem sôbre o donativo com que aquela vila poderia contribuir, segundo as ordens de D. João. Durante esta reunião apareceu o vigário da igreja matriz da dita vila, Gervásio de Abrunhosa, que disse discordar.Foi a tal excesso que o referido governador viu-se na necessidade de o mandar retirar. Diz que fora preso Baptista de Sousa Franco, por ter tentado assassinar o coronel do seu Regimento. O vigário não só conseguiu que o ouvidor Francisco Galvão da Fonseca ordenasse que o prêso fôsse transferido para a cidade (de São Paulo) e depois fôsse pôsto em liberdade, mas também que o dito ouvidor nomeasse meirinho.Tomando conhecimento daquela injustiça, mandou prender outra vez o dito Sousa Franco e que o referido vigário o mandou de novo soltar. Finalmente, diz que os moradores da dita vila, lhe apresentaram queixa contra o referido sacerdote. Por isso tudo pede ao Rei a substituição daquele eclesiástico.