OFÍCIO do governador e capitão-general da capitania de São Paulo (Martim Lopes Lobo de Saldanha) para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos) Martinho de Melo e Castro no qual alude à invasão de (Nossa Senhora dos Prazeres de) Iguatemi pelos espanhóis em 27 de Outubro do ano de (1777). Fala, da grande distância a que está situada aquela praça, estabelecida pelo seu antecessor (D. Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, morgado de Mateus), das inacessíveis comunicações de que resultou ter conhecimento da sua tomada, após dois meses e oito dias. Prendeu o tenente Jerônimo da Costa Tavares e pediu autorização ao Bispo (frei Manuel da Ressurreição), para prender o vigário Antônio Ramos Barbas, autorização que obteve. Mandou o ouvidor de Paranaguá fazer uma devassa do procedimento dos que entregaram Iguatemi. Aquele cabo declara publicamente que receberam ordem de cessar hostilidades e que aquela invasão do general D. Pedro de Carvalho fora feita a pedido de José Custódio de Sá e Faria. Depois de entrarem na praça transportaram o trem e as munições para Espanha, saquearam as igrejas, demoliram a fortaleza de São Carlos e causaram inúmeros prejuízos.