OFÍCIO do Bispo do reino de Angola, Luís [de Brito Homem] ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, 1.º visconde de Balsemão] Luís Pinto de Sousa Coutinho, sobre o estado da Igreja em Angola, Benguela, Congo e Guiné; queixando-se da diminuição da propagação da fé, do aumento de superstições e do culto de outras religiões, da depravação dos costumes, do roubo e profanação de ornamentos e imagens; apontando como razões a inexistência de sacerdotes e missionários competentes e em número para cobrir o território e a falta de um seminário que garantisse a fé e os bons costumes; fazendo uma resenha história da presença da Igreja nos territórios ultramarinos portugueses e do papel dos reis portugueses; referindo que o legado do negociante Gaspar Álvares, em 1623, aos Jesuítas, deveria ter sido usado para fazer o seminário e sugerindo como poderia a Fazenda Real sustentar o dito seminário.

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