OFÍCIO do [juiz de fora de Benguela], António da Silva Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre os editais com os novos preços das três qualidades de marfim e explicando as razões do aumento da sua exportação; afirmando que o governador Francisco Paim da Câmara e Ornelas tirara com falsos pretextos vários escravos aos negociantes Lourenço Pereira Tavares, Sebastião Gil Vaz Lobo, José António da Costa, João Pedro Barrocas, Lourenço de Carvalho Gameiras e José Ferreira Gomes, para a armação do navio de Jacinto Fernandes Bandeira, prejudicando o envio de escravos para o Rio de Janeiro; afirmando que o governador exigia aos sertanejos um escravo e o uso de casaca, tendo posto José Maria Doutel na gonilha por não a usar; alertando para os prejuízos que este despotismo provocava para a exportação de escravos e para a Fazenda Real.

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