OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Fernando António de Noronha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], em que, atendendo à falta de população da colónia e aos poucos meios que têm para recrutar os corpos de linha de defesa, viu-se obrigado a decidir não enviar para os seus destinos, os delinquentes que tanto da Europa como do Brasil, vêm degredados para Angola; informa que já aplicou a sua decisão, relativamente a 16 réus vindos do Rio de Janeiro na fragata "Minerva"; explica as três razões que motivaram tal decisão; informa que faltam para completar a tropa de linha de Luanda, perto de 500 praças, além de existir um bom número de estropiados; propõe que S.A.R. ordene que o destino dos degredados para Angola, fique ao arbítrio do governador e capitão-general.

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