OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Fernando António de Noronha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a remeter uma carta do rei do Congo, D. Garcia V, na qual mostra a sua disponibilidade para abraçar a religião cristã e demonstra a sua confiança, enviando o seu sobrinho para ser educado em Luanda; pede o envio de missionários, não tendo o bispo ninguêm, esperando-se a chegada de 3 religiosos da Europa; sugere o envio do dito sobrinho à Côrte, para se instruir; sublinha a importãncia desta relação para a propagação da fé e para o comércio; informa que o Marquês de Bâmba, o Duque de Quîna e o Marquês de Pemba, são na qualidade de sobas, sujeitos ao rei do Congo, o qual na qualidade de nosso amigo, se for aumentando em forças e autoridade sobre os seus anteriores súbditos, poder-se-á evitar que os escravos sejam comerciados no porto franco de Loge e venham direitos a Luanda; sugere uma consulta ao missionário Frei Raimundo, o qual esteve 3 anos no Congo; finalmente pede o envio de algumas bagatelas, a fim de presentear o Rei do Congo, Dêmbos, Sobas e Potentados, que tenham influência no comércio.

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