OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Fernando António de Noronha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], sobre a entrada no porto de Benguela no dia 1, de uma lancha que conduzia os oficiais e a tripulação da galera "Diana", pertencente a Manuel de Sousa Freire, a qual naufragou na costa ao Sul das "Mêzas", tendo-se salvo unicamente a tripulação, perdendo-se o navio e a carga; também no dia 10, veio ancorar fora deste porto, na ponta da ilha, uma fragata espanhola vinda de Montevideu, com destino a esta costa a fim de aprisionar navios ingleses provenientes do Ambriz e do Zaire, comerciar pretos, tendo 8 dias depois, passado outra fragata idêntica ; cada uma trazia para cima de 250 pessoas de tripulação, tendo os capitães vindo a terra apresentarem-lhe o passaporte espanhol e pedirem licença para fazerem aguada e tomar algum refresco, o que lhes foi facultado, tendo-se feito à vela logo a seguir.

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