OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, António de Saldanha da Gama, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a acusar a receção de um aviso de 7 de Outubro de 1807, o qual lhe participa a resolução em que S.A.R. tenciona fechar os portos aos navios de guerra e mercantes da Nação Britânica, ordenando-lhe que tome as mais sérias medidas, para repelir com força qualquer ataque por parte das potências beligerantes; contudo, chegaram notícias de que S.A.R. tinha mudado a sua residência para a cidade do Rio de Janeiro, mudança feita com o consentimento e apoio de esquadras inglesas, assim, considera nada dever recear desta nação; envia o seu ajudante de ordens e capitão, Luís António de Abreu e Lima, para em seu lugar, beijar a mão de S.A.R. pela sua feliz chegada a essa cidade; remete uma porção de ferro extraído das minas de Angola; informa que vai convocar a Junta da Fazenda, para nela propor, que apesar de se limitarem as despesas de Angola, se faça uma remessa da maior quantia de dinheiro que for possível, para suprimento das extraordinárias despesas, a que S.A.R. será obrigado.

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