OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, António de Saldanha da Gama, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a remeter a relação das pessoas e objetos que se exigem para a nova fortificação de Benguela e como a despesa necessária para este fim, será de 80 a 90 contos de réis; informa que não pode principiar a obra, sem que lhe seja determinado e sem que pelo Real Erário se expeçam as necessárias ordens à Real Junta da Fazenda de Angola; se for ordenado o começo desta obra, faz-se indispensável a presença do sargento-mor dos engenheiros, Justino José de Andrade, naquela cidade; como o atual governador daquela capitania tem quase finalizado o tempo do seu governo, considera que reunindo-se na pessoa do sobredito sargento-mor, as duas qualidades de governador da terra e inspetor da obra, se evitarão os conflitos de jurisdição e se concluirá a obra com mais atividade e com maior economia da Fazenda Real.

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