OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, António de Saldanha da Gama, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a remeter uma provisão que lhe foi dirigida pelo Conselho Ultramarino, a qual mandou somente registar e não a cumpriu, por lhe parecer, que todas as ordens daquele Tribunal, depois da saída de S.A.R., são intempestivas e contrárias ao novo método estabelecido para o governo das colónias; informa que tem recebido alguns degredados de Lisboa, pelo crime de inconfidência ou partidários dos franceses, os quais anunciam a chegada de muitos mais; alerta para as funestas consequências que podem resultar de um grande número destes homens, num país onde a força militar é na maior parte composta de facínoras, naturalmente propensos à rebelião; pede instruções.

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