OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a informar que o doutor José Maria Bomtempo, constituíu como seu procurador, o tenente coronel, António João de Meneses, para fazer entrar na serventia do ofício de tesoureiro dos Ausentes de Angola, o tenente, José Maria Lúcio, que serve de procurador do senado; o tenente coronel fez um requerimento ao ouvidor interino, Mariano José de Brito Lima, o qual mandou dar posse e juramento ao novo serventuário, ordenando-lhe depois que desse fiança, tendo sido rejeitados sucessivamente 3 fiadores, debaixo de diferentes pretextos; estando neste aperto, o tenente coronel depositou a quantia de 800 mil réis na forma do regimento, os quais encontram-se efetivamente depositados na mão de João Barbosa Rodrigues, negociante desta praça; aquele ministro fez um despacho fundado em razões tão frívolas, que mostram quanto sentia a separação do tesoureiro Joaquim José Pereira de Sande, sócio das suas delapidações; continua a desenvolver o imbróglio; verificação final do estado em que se encontram os cofres do Juízo dos Ausentes.

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