OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], sobre o estabelecimento de duas mestras para a educação de meninas, medida sem dúvida importante para a instrução pública; justifica a sua proposta de abolição deste estabelecimento, pelo qual vencem anualmente cada uma, 100 mil réis, porque esta despesa tornou-se infrutífera, ou por falta de vigilância da conduta das ditas mestras, ou por falta de zelo e omissão destas, em aplicar os meios adequados ao aproveitamento das suas aprendizes; certifica que uma das mestras, dona Maria do Carmo, viúva do tenente Pedro Bonifácio, nunca ensinou menina alguma e quanto à outra, também não tinha aprendizes; dá conta das providências que tomou, de modo a obviar a esta situação, no entanto, pede que se compadeça da referida viúva e da viúva do ex-secretário do governo, Joaquim José da Silva, implorando e propondo que dos 400 mil réis de mercê ordinária que S.A.R. mandou aplicar metade para um dote e outra metade para esmolas, fossem estes 200 mil réis repartidos anualmente pelas duas viúvas.

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