OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], sobre um requerimento do comerciante de Luanda, Joaquim José Pereira de Sande, no qual pede licença para se retirar com a sua família, alegando moléstias, falta de professores e remédios próprios; informa que existem professores e que em diferentes ocasiões se têm mandado Boticas, as quais se renovaram consoante a necessidade; informa que os administradores da Santa Casa da Misericórdia vêem-se atualmente obrigados a comprar muitas drogas e remédios para os enfermos da mesma Casa, por estar a Botica sem a provisão competente, gastando nessa compra uma parte considerável dos seus rendimentos; pede em benefício da Santa Casa e dos enfermos militares, que ali são tratados, se digne de obter de S.A.R. a remessa de uma Botica sortida, segundo a relação que remete e também que venha bem acondicionada, para se não inutilizar e se evite o que aconteceu com a Botica que procedeu a sua vinda, pois foi informado que a maior parte dos vidros chegaram quebrados, ficando muitos remédios incapazes.

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