OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a informar que a chegada das embarcações de Benguela, ao porto do presídio do Novo Redondo, para receberem escravos e outros géneros de comércio, já tinha sido mandada praticar pelo ex-governador, Manuel de Almeida e Vasconcelos, mas com o tempo e a decadência do comércio do dito presídio, tornou-se rara alguma embarcação ali tocar, tendo-se os negociantes queixado; participa que os mestres das embarcações têm praticado o livre arbítrio sobre esta questão; informa que para o pequeno número de escravos que é transportado do Novo Redondo, as duas sumacas e uma lancha que navegam daqui para Benguela, conduzindo o sal do contrato, são suficientes; informa da entrada da corveta "São João Nepomuceno", cujo mestre é Adriano Portela, a qual passando de fronte do presídio, fizeram-lhe sinal com 3 tiros de peça e tendo enviado uma lancha a terra, os moradores comunicaram-lhe da urgência de remeter a sua escravatura, que estava a morrer nos quintais, tendo recebido 83 escravos; recomenda novamente ao sargento-mor comandante, João de Alvelos Leiria, a execução de todas as medidas tendentes à sujeição e amizade dos Sobas vizinhos, para um maior desenvolvimento do comércio.

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