OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a informar que tem recomendado aos capitães-mores e regentes dos distritos, que promovam a cultura do algodão, por neste país a natureza o produzir com abundância, sendo certo que a preguiça e indolência dos moradores e pretos do sertão, faz com que desprezem aquele trabalho, atrasando-se a plantação e a venda do género; propõe que para animar esta cultura, a Fazenda Real se obrigue a pagar por um preço taxado todo o algodão em rama; pede instruções e que lhe seja declarado qual o preço da libra de algodão; pede também, o envio de um engenho de descaroçar, para servir de modelo à construção de outros, sendo grande a falta de oficiais mecânicos de todos os ofícios.

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