OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a informar que se dirigiu à Mesa da Santa Casa, a fim de consultar o inventário geral de tudo quanto se encontra na Botica da mesma e os livros dos receituários dos últimos 3 anos; também para ouvir o parecer dos dois professores de medicina e cirugia, aos quais compete o conhecimento dos vegetais indígenas e exóticos, que aqui se podem cultivar e o método de estabelecer um Horto Oficinal; concluiu que o estabelecimento do Horto encontra dois obstáculos insuperáveis, o excessivo calor do sol e da terra e a falta de água própria para se regarem as plantas, pois a que se tira dos poços é salobra e não existe em quantidade; remete os dois pareceres dos professores, afim de o instruir no que deve fazer; remete também 5 livros de receituários, 1 mapa dos enfermos e o inventário da Botica dos últimos 3 anos; refere a existência de confusão com os remédios da Botica, devido à Santa Casa vender remédios, tanto para a cidade como para o sertão, dando azo a confusões nas listas dos mesmos; acusa a receção da Botica que veio embarcada na corveta "Flor do Mar".

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