OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a informar que alguns negociantes lhe requereram licença para enviarem lanchas e escunas aos portos de Ambriz, Loge e Rio Zaire, a fim de tratar da compra de escravos e de marfim; explica circunstanciadamente as razões porque concedeu a dita licença; participa que o negociante, Manuel José de Sousa Lopes, foi o de maior sucesso, continuando no porto de Ambriz, tendo os outros negociantes conspirado e deposto na chamada "Devassa Janeirinha", contra o mesmo, acusando-o do crime de fazer reviros nas terras do Mussul e outras do sertão, tendo ficado pronunciado na Devassa e sujeito a prisão e livramento; dá conta dos episódios seguintes, estando neles incluídos atos de corrupção direta, por parte do ouvidor; informa que o número de escravos é muito superior aos restantes habitantes.

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