OFÍCIO do governador de Benguela, João de Alvellos Leiria, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, António de Araújo de Azevedo [Conde da Barca], a remeter por cópia, os ofícios Nºs 131 a 147, que dirigiu ao seu capitão-general; dá conta da decadência do comércio da cidade, devido à exportação da escravatura estar diminuta, pela falta de navios que venham transportá-la, não havendo fazendas para a permutação da mesma escravatura, acontecendo o mesmo com o comércio nos sertões; também concorre para esta situação, ter-se quartado aos navios o número da antiga arqueação, que produzindo menor transporte aos escravos vem a exceder o valor dos fretes, sendo o resultado final o prejuízo dos negociantes e do régio património; informa que a provedoria encontra-se sem rendimentos suficientes para as despesas da compra do marfim e para o pagamento dos soldos da tropa da guarnição de Benguela, do Presídio de Caconda e dos "filhos da Folha", além das despesas miúdas, extraordinárias.

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