OFÍCIO do governador de Benguela, João de Alvellos Leiria, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, António de Araújo de Azevedo [Conde da Barca], a informar que o brigue "Ligeiro" vai sair deste porto para a Côrte, levando 431 cativos e uma porção de cera; informa que a praça teve o prejuízo de mais de 26 contos de réis, desde o mês de Dezembro de 1814, por causa da peste da bexiga que grassou sobre a escravatura e a dizimou; participa que não havendo navios para os transportar e estando mil e tantos cativos juntos no pequeno recinto da cidade, o calor rigoroso da estação ajudou a epidemia a propagar-se; informa que a provedoria tem grande falta de dinheiro, por não existirem despachos de escravatura, não tendo sido possível comprar marfim; com a falta de navios e não trazendo fundos para os competentes despachos, é inevitável um fatal prejuízo para a Fazenda Real; dá conta da continuação dos trabalhos na mineração do enxofre, o qual tem aparecido em pequenas veias.

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