OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde da Barca [António de Araújo de Azevedo], a remeter 3 Autos de Arribadas, respeitantes à galera "Conceição" e aos bergantins "Nossa Senhora de Monserrate" e "Valverde", embarcações espanholas, as quais entraram neste porto; informa ser da maior necessidade existir neste porto uma pequena embarcação de guerra, com 6 ou 7 peças de artilharia e 30 pessoas de tripulação, podendo esta ser formada por um terço de pretos escravos comprados por conta da Fazenda Real, ou mesmo pretos livres naturais da ilha de Luanda, de forma a minorar a despesa; o objetivo desta embarcação é evitar contrabandos, abusos e insultos; os mestres de duas embarcações espanholas, informaram-no que o bergantim "Valverde", trazia diferentes passaportes de diversas nações e que era um pirata, tendo este bergantim, depois de se fazer à vela deste porto, dado fundo na enseada de Caquaco a duas léguas do ancoradouro da cidade, onde tomou à força um barco de água, que pagou.

Record not reviewed.